26/04/2023 às 15h37min - Atualizada em 27/04/2023 às 00h01min

Catarata: entenda o embaçamento da lente natural do olho

Dr. Daniel Kamlot tira dúvidas sobre o diagnóstico e o tratamento da catarata.

SALA DA NOTÍCIA Via Assessoria
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Cerca de um quarto dos brasileiros com 50 anos ou mais têm catarata, o que significa que mais de 14 milhões de pessoas vivem com o problema no país. É o que revela pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz integrada a uma rede internacional sobre as doenças mais frequentes no envelhecimento. Apesar de muito comum, a condição ainda é negligenciada, forçando alguns pacientes a conviver com dificuldades de visão que poderiam ser solucionadas com tratamentos modernos.

O oftalmologista Dr. Daniel Kamlot explica que a catarata é uma opacidade no cristalino, a “lente natural” que temos dentro de nossos olhos. Essa lente, como detalha o médico, precisa ser transparente para permitir a passagem de luz. No entanto, com o passar dos anos, o cristalino vai envelhecendo e se calcificando, o que o torna opaco. A consequência disso é que, aos poucos, a visão vai ficando embaçada — o que prejudica a qualidade de vida do paciente.

“Com a idade, todos os seres humanos começam a desenvolver catarata”, pontua Dr. Daniel. No entanto, ele também lembra que outras circunstâncias, como o uso de corticoides a longo prazo ou traumas e inflamações oculares também podem antecipar o surgimento da doença. Pacientes diabéticos sem tratamento adequado também correm maior risco de desenvolver o problema precocemente.

O diagnóstico da catarata, de acordo com o oftalmologista Dr. Daniel Kamlot. pode ser feito em consulta médica, com a avaliação da acuidade visual do paciente por meio de um exame comum. “Quando vemos que existe uma visão embaçada mesmo com o uso de óculos, fazemos esse exame”, diz o especialista. “Numa consulta de rotina com oftalmologista já é possível detectar a catarata”.

O único tratamento para a deterioração do cristalino, atualmente, é uma cirurgia chamada facectomia com implante da lente intraocular.  “Ela permite que o paciente troque o cristalino sujo por uma lente artificial limpa”, detalha o médico. Ao mesmo tempo, o procedimento também é eficaz para reduzir o grau e a dependência dos óculos.

Após a cirurgia, a catarata não volta, já que o paciente passa a viver com uma lente artificial. Essa estrutura, no entanto, pode eventualmente precisar de um tipo de polimento para se manter em perfeito estado. “É muito importante conversar com o paciente sobre a escolha das lentes intraoculares. Hoje, a cirurgia é segura e eficaz não só para tirar o cristalino e trocar por uma lente translúcida, e também tentar diminuir outros problemas visuais”, ressalta o médico.

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