01/07/2024 às 23h55min - Atualizada em 04/07/2024 às 08h06min

Para prevenir perda de dados, a indústria da saúde deve investir em ‘vacinas tecnológicas’

Stephanie Ferreira
Divulgação

Rosangela Vitor é Head da Área da Saúde da WCS Conectologia

O tratamento de dados vem sendo um tópico cada vez mais debatido e reafirmado no mundo empresarial e tecnológico, especialmente com as diretrizes da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), reforçando o cuidado meticuloso com a privacidade de dados. Na área da saúde, especificamente, o armazenamento e coleta de dados dos pacientes exige o cumprimento com a LGPD, a fim de regulamentar o tratamento das informações, estabelecendo conformidade, e prevenir que informações sejam perdidas, vazadas ou acessadas indevidamente.

Segundo um relatório da Enisa (Agência de Cibersegurança da União Europeia), o ano de 2023 registrou recorde de ciberataques em hospitais, dobrando o número das invasões logo no primeiro trimestre, comparando com a média dos anos de 2021 e 2022. Tal dado nos prova que as clínicas estão aderindo à tecnologia em seus processos e operações, mas ainda expressam defasagem quanto a sistemas de proteção e medidas que blindam os movimentos dos dados. Como consequência, não só a conformidade é afetada, gerando custos financeiros, mas também a confiabilidade e a reputação da indústria seguem a mesma fragilidade.

Perigos à saúde digital que assombram hospitais e clínicas
O universo digital está em constante evolução em suas soluções e, acompanhando esta linha evolutiva, do outro lado da praticidade e dos efeitos positivos, há uma rede de más intenções que monitora de perto os movimentos de um sistema, verificando possíveis brechas que permitam as invasões cibernéticas acontecerem. Sendo este o mais preocupante dos motivos que levam uma empresa a perder dados, através de ataques de ransonware, malware ou phising, por exemplo, a falta de integração é encontrada como o maior problema motivador.

Ainda levando em consideração a ação de hackers, que sequestram e corrompem dados, tornando-os inacessíveis e irrecuperáveis, impedindo que as clínicas prestem suporte para evitar o mau uso das informações de seus pacientes, mais estados de infraestrutura mostram vulnerabilidade e devem ser trabalhados, como a falta de backup, má configuração de hardwares ou softwares e uso inadequado de dispositivos.

Todos representam um núcleo em comum: risco à segurança e privacidade dos pacientes, deixando vulnerável o acesso aos históricos médicos, resultados de exames, prescrições, informações pessoais de cadastros em fichas, e demais danos, que resultam em litígios, multas regulatórias e custos associados à investigação e reparação da violação de dados. De forma geral, é um impacto à integridade dos pacientes, que não conseguem dar continuidade ao atendimento e deixam seus tratamentos à deriva, sem contar que a reputação das instituições de saúde fica marcadas com o selo da inconfiabilidade.

Depois do diagnóstico, é momento de se imunizar!
A fim de impedir a perda de dados e todas as consequências que são geradas, é preciso compreender e falar a mesma língua das invasões e fragilidades, a fim de superá-las devidamente. Com isso, a tecnologia abre portas para o diálogo entre segurança e empresas, principalmente para o setor de dados, de extrema importância para hospitais e clínicas que devem manter o compliance na movimentação das informações.

Com ferramentas e plataformas especializadas em cibersegurança, a tecnologia tem como maior benefício a integração e fortalecimento das bases de dados da indústria da saúde, atendendo aos requisitos legais, previstos na LGPD, ao mesmo tempo que em que implementa medidas de proteção contra ataques, como firewalls, antivírus, detecção de intrusões e demais soluções que criptografam dados, autenticam acessos, regulam o backup e monitoram as operações. Identificar e responder rapidamente às atividades suspeitas ou violações de segurança é uma função estratégica das soluções tecnológicas disponíveis no mercado, trabalhando com expertises de ponta, como a IA (Inteligência Artificial) para entender padrões e conseguir diferenciá-los, barrando ações anômalas que possam minar a saúde dos dados das clínicas e hospitais.

É nítido, com isso, que a indústria da saúde deve adquirir imunidade contra perigos digitais da web, podendo recorrer às ‘vacinas inovadoras’, vulgo soluções tecnológicas, que irão atuar fortalecendo os mecanismos de defesa, garantindo não só contra-ataques, mas também prevenindo que danos atinjam as informações cruciais para tratamento e atendimento dos pacientes, a prioridade dentro de um ambiente hospitalar. É através da robustez do sistema de imunidade que hospitais e clínicas garantem saúde em todos os sentidos: operacional, de compliance e no atendimento dos pacientes.


Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
STEPHANIE FERREIRA
[email protected]


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://jornaldobelem.com.br/.
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp